A idade do “edge computing”
Edge Computing: Um dos grandes desafios das TI!
José Fonseca, Data Management Expert, SAS
Artigo originalmente publicado na Revista HiperSuper a 12 de Junho de 2018
Basta olhar para as tendências e previsões tecnológicas, para nos apercebermos do atual e futuro poder da IoT (Internet of Things) nas nossas vidas. Há e vai continuar a haver cada vez mais objetos inteligentes utilizados em conjunto, ao serviço não só dos negócios mas também de todos nós, consumidores, pelo que só podemos augurar maior rapidez, mais eficiência e melhores experiências.
Nós e todo o nosso quotidiano está, constantemente, ligado e monitorizado. E isso vem, evidentemente, aumentar as necessidades de potência computacional já que existem cada vez mais dados para processar, sendo que a eficiência no processamento desses dados é maior se o poder de computação estiver próximo daquilo que os gerou.
Os dados são processados de forma mais eficiente, quanto mais perto estiver o poder de computação dos sistemas ou mesmo das pessoas que os produzem.
How can retailers satisfy today’s customers?
By applying analytics to every step of the customer journey.
Estamos a falar de computação localizada, estamos a falar de "edge computing” – considerado como um dos grandes desafios para as TI - que, acredita-se, ao permitir a aquisição de conteúdos e dados, o seu controlo, armazenamento e processamento, trará grandes benefícios a diversas áreas, inclusive para o retalho.
Entre outros, um desses benefícios é poder tirar partido, em real time, de tudo o que são dados enviados por sensores.
É sabido que no retalho os clientes estão no centro das análises de IoT, havendo empresas a estudar formas de recolha e processamento dos dados dos milhares de consumidores durante as suas “jornadas” pelas lojas. Esta “radiografia feita à loja e aos seus clientes”, alimentada por sensores e vídeos, capta não só o tempo exato que cada consumidor passou nos vários pontos da loja, como aquilo que acabou por comprar. Com o objetivo de otimizar os layouts da loja, estes sensores podem também estar vinculados a redes Wi-Fi de dispositivos inteligentes. Desta forma, além de por exemplo poder direcionar os consumidores para as promoções existentes, os retalhistas podem pedir-lhes opiniões, usando dados da IoT para iniciar essa interação, personalizando assim a experiência de compra e aumentando a lealdade.
Neste momento, qualquer empresa que tenha já delineada a sua estratégia de transformação digital, deverá ter em conta a importância do acesso rápido e eficaz aos dados.
Felizmente, o "edge computing" deixou de ser apenas acessível para as empresas de maior dimensão, estando agora também ao alcance das pequenas e médias empresas. E a verdade é que temos vindo a assistir a uma adoção crescente deste tipo de soluções, adoção esta incrementada pela implementação de soluções de IoT.
Se quisermos definir edge computing poder-se-á dizer que são ferramentas que facilitam, simplificam e permitem que os dados produzidos ou recolhidos por rede de IoT sejam processados mais próximos de onde são criados. E isto significa também descentralizar a capacidade de processamento, que fica mais próximo do local onde os dados são gerados.
O edge computing tem vindo, assim, a impor-se como uma tendência, e com a avultada quantidade de dados produzidos pela IoT, com a evolução da Inteligência Artificial e do Blockchain, acredito que isto seja somente o início de um logo caminho. Não posso, no entanto, deixar de referir a questão dos riscos, que normalmente vêm com as novas tecnologias, sendo a meu ver a segurança um ponto a não negligenciar.
Sobre o Autor:
Entusiasta do mundo dos dados, tem desenvolvido a sua carreira profissional na criação, implementação e optimização de soluções que permitam às organizações retirar maior valor da informação. Conta com mais de 25 anos de carreira em projectos nacionais e internacionais na área dos dados, tendo trabalhado com inúmeras consultoras de renome e construtores, em várias industrias. Actualmente é responsável local pelo desenvolvimento das soluções da área de Data Management no SAS Portugal.
Recommended reading
- Containing health care costs: Analytics paves the way to payment integrityTo ensure payment integrity, health care organizations must uncover a broad range of fraud, waste and abuse in claims processing. Data-driven analytics – along with rapid evolutions in the use of computer vision, document vision and text analytics – are making it possible.
- Viking transforms its analytics strategy using SAS® Viya® on Azure
- Risk data infrastructure: Staying afloat on the regulatory floodWhat are the challenges of a risk data infrastructure and how can they be addressed? Here's what you need to know to build an effective enterprise risk and finance reporting warehouse that will effectively address compliance requirements.
Ready to subscribe to Insights now?
SAS® Viya™
Make analytics accessible to everyone and bridge the talent gap in your organization