CEFAR faz retrato da Saúde em Portugal com Tecnologia SAS
O Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) da Associação Nacional de Farmácias (ANF), que tem como missão produzir Estudos de avaliação do Medicamento e da Saúde em Portugal, através da Rede de Farmácias, escolheu a tecnologia SAS para ser a plataforma de suporte aos diversos estudos que realiza para a ANF, mas também para a indústria farmacêutica e outras entidades do sector.
Com uma equipa multidisciplinar composta por farmacêuticos, estatísticos e economistas, o CEFAR desenvolve estudos na área do medicamento há 20 anos. Desde estudos relacionados com o consumo de medicamentos, passando por análises aos encargos (comparticipações) do Sistema Nacional de Saúde (SNS), até previsões sobre tendências de consumo de medicamentos e evolução de doenças crónicas, o CEFAR é a entidade responsável pelo retrato da Saúde em Portugal.
No CEFAR, lidamos diariamente com grandes volumes de dados, estruturados e não estruturados, provenientes das mais variadas fontes
Zilda Mendes
Diretora Executiva Adjunta-Coordenadora da Área da Estatística do CEFAR
Mais de um milhão de registos por dia reunidos e tratados numa única plataforma tecnológica
O CEFAR recorre a múltiplas fontes de informação internas e externas para levar a cabo os estudos que desenvolve, sendo a sua maior fonte de informação os dados relativos às vendas e comparticipações de medicamentos de mais de 80% das farmácias portuguesas, o que corresponde a um universo superior a 2.400 farmácias e a mais de 1 milhão de registos por dia. O CEFAR utiliza ainda bases de dados da ANF para caracterização das farmácias, bases de dados do INFARMED para caracterização dos medicamentos, bases de dados do INE para caracterização das populações alvo de toma de um determinado medicamento, entre outras.
Com a tecnologia SAS, o CEFAR integrou numa única plataforma todos os dados que utiliza para desenvolver os estudos que realiza, garantindo a sua qualidade e fiabilidade. Através da solução SAS® Enterprise BI Server, passou a recolher de forma sistemática os dados de dispensa (vendas e comparticipações de medicamentos) das farmácias que autorizaram a cedência de informação, o que se traduziu numa maior qualidade dos dados por via de processos de validação que têm em conta parâmetros estatísticos e análises dos históricos de vendas. Apesar da elevada dimensão da amostra de farmácias a enviar dados para a ANF, os estudos realizados pelo CEFAR são em geral para a totalidade das farmácias por via de extrapolação estatística.
“A integração numa única plataforma de todas as fontes de informação com as quais lidamos diariamente permitiu-nos introduzir mecanismos automáticos de validação e controlo, que se traduzem em regras de validação com bandas de confiança e qualidade, que emitem listas diárias de validação manual com parâmetros que saem fora dos limites previamente estabelecidos”, afirma Zilda Mendes, Diretora Executiva Adjunta- Coordenadora da Área da Estatística do CEFAR. “Por exemplo, quando é identificado o código de uma farmácia que não consta dos ficheiros administrativos da ANF ou o código de um medicamento que não consta das bases de dados do INFARMED, a plataforma emite automaticamente um alerta a indicar que aquela farmácia ou aquele medicamento não existe”.
Informação “escondida” nos dados de dispensa de mais de 2.400 farmácias revelada pelo poder da tecnologia SAS
O CEFAR construiu ainda, com base na tecnologia SAS, um portal para tarefas de apoio e gestão ao processo de carregamento e para disponibilização de reports, por exemplo, via estruturas/cubos OLAP, sendo o SAS® Enterprise Guide a ferramenta utilizada para exploração de dados, criação de modelos estatísticos e produção de relatórios.
Os dados extraídos a partir da plataforma SAS são utilizados pelo CEFAR para realizar análises e estimativas de tendências de consumo e de encargos, quer do ponto de vista histórico, quer do ponto de vista de forecast. Os resultados obtidos são depois divulgados junto das farmácias e de outras entidades, através de uma newsletter mensal intitulada “Farmácia Observatório”, para que seja conhecido, entre outros aspectos, o retrato (estimativa) do consumo de medicamentos a nível nacional.
O CEFAR desenvolve ainda outro tipo de estudos, com base na tecnologia SAS, cujo objectivo é aferir o que está além do medicamento vendido. “Os dados disponibilizados pelas farmácias apenas indicam que um determinado medicamento foi vendido/dispensado, não indicando por exemplo a patologia para a qual foi prescrito”, refere Zilda Mendes. “Assim, e através de inquéritos ad-hoc realizados junto de uma amostra de cerca de 1.000-2.000 doentes, investigamos de que forma está o doente a utilizar o medicamento, isto é, com que finalidade, em que dosagem, com que periodicidade, de acordo ou não com o prescrito, entre outros aspectos, cumprindo sempre as regras do anonimato e confidencialidade a que os nossos Estudos estão sujeitos”, conclui esta responsável.
Através da criação de modelos estatísticos adequados ao objectivo de cada estudo, o CEFAR é capaz de desenvolver estudos longitudinais relacionados com a utilização do medicamento. Com base nestes estudos, e graças às capacidades analíticas e de tratamento de dados do SAS, o CEFAR é capaz de, por exemplo, avaliar a adesão e persistência a uma determinada terapêutica.
Depoimento de Zilda Mendes
Desafio
Reunir, numa única plataforma tecnológica, todas as fontes de informação utilizadas (bases de dados ANF, bases de dados INFARMED, bases de dados INE, dados transacionáveis das farmácias, dados dos inquéritos ad-hoc realizados junto dos doentes) para desenvolver os mais variados estudos na área do medicamento
Solução
Benefícios
Garantia de utilização de dados de qualidade, e consequentemente de estudos fiáveis e credíveis.