Nova norma IFRS 9: Como se preparar para a avalanche de dados

Por Renato Fiorini, especialista em gerenciamento de risco do SAS para a América Latina

Com a introdução dos novos Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros 9 (IFRS 9) em janeiro de 2018, os bancos precisarão alterar os processos que atualmente calculam suas depreciações de crédito. Atualmente, as depreciações são baseadas em "perdas incorridas". A IFRS 9 introduz um modelo baseado em expectativas futuras ou perdas de crédito esperadas (ECL).

O white paper do SAS Obtenção da conformidade ideal com a norma IFRS 9 fornece as informações sobre os problemas e uma abordagem para lidar com a norma de depreciação de ECL mais recente. O principal impacto nos bancos é a necessidade de sempre reconhecer a ECL para todos os instrumentos financeiros e nos níveis de ativo individual e agrupado. Os bancos precisarão atualizar os valores de ECL em cada data de relatório para refletir as alterações nos riscos de crédito de instrumentos financeiros. Isso aumentará significativamente o número e a frequência de cálculos de depreciação que devem ser realizados e na quantidade de informações que deve ser coletada para fazê-los.

A quantidade de informações emergindo aumentará em vários aspectos como, por exemplo, maior granularidade, previsão de perdas futuras, novos modelos e requisitos de simulação.

Obtenção da conformidade ideal com a norma IFRS 9

Maior granularidade

O modelo para calcular a ECL introduz a necessidade de considerar cada instrumento financeiro em um nível de ativo individual, o que significa que uma grande quantidade de dados precisa ser coletada e processada. Embora a necessidade de coletar dados no nível do ativo individual exista atualmente nos bancos (por exemplo, cálculos de capital), o nível de granularidade de dados necessário para a nova regulamentação representa um desafio para os departamentos financeiros. Também é interessante notar que a avaliação do processo de depreciação se enquadrará no escopo dos revisores oficiais de contas, o que não é o caso com cálculos de capital.

Previsão de perdas futuras

A nova regulamentação implica que os bancos precisarão prever as perdas futuras. Fazendo isso, será necessário selecionar cada contrato e projetar seu comportamento no futuro, projetando fluxos de caixa futuros para cada ativo que eles detêm. Essa etapa gerará uma quantidade de dados significativa. Embora esses dados possam não precisar ser retidos por um longo período, o simples fato de que eles precisam ser gerados cria um impacto no tempo de fornecimento e no espaço de armazenamento necessário.

Novos modelos

Para prever as perdas, será necessário criar novos modelos para traçar o comportamento do ativo de um banco de acordo com determinados cenários econômicos. Esses novos modelos precisarão ser criados com base em dados históricos e isso significa que os dados que capturam o comportamento de perdas precisarão estar disponíveis, adicionando uma dimensão extra à já grande quantidade de dados necessária para calcular a ECL.

Simulação

As perdas projetadas serão expostas à entrada subjetiva e a uma seleção de cenários econômicos. Isso significa que os bancos desejarão simular o cálculo de ECL para mais de um cenário para medir melhor sua exposição e aumentar a precisão do cálculo de ECL. Isso exigirá que os bancos executem cálculos e analisem resultados mais de uma vez por período em relação a um cenário de tempo limitado para fornecer resultados. Portanto, além do efeito de multiplicação na quantidade de dados que precisam estar disponíveis para os tomadores de decisão, também haverá restrições quanto ao desempenho, levando os bancos a repensar a arquitetura de seus sistemas de gerenciamento de risco.

Os desafios acima promoverão um foco em apoiar a capacidade dos sistemas de TI para lidar com grandes quantidades de dados em tempo hábil. Será importante que os bancos sejam capazes de gerar cálculos robustos e precisos no prazo, não apenas para atender às necessidades regulatórias, mas também devido ao impacto que eles têm nos níveis de capital e no resultado financeiro de um banco. Quanto mais dados de boa qualidade os bancos puderem reunir, maior será a chance de eles poderem chegar a modelos ideais e a uma metodologia de cálculo de ECL. Há mais detalhes sobre isso no white paper do SAS Obtenção da conformidade ideal com a norma IFRS 9.

 

O SAS é amplamente reconhecido por sua tecnologia, soluções e recursos de modelagem que ajudam o setor de serviços financeiros a medir suas exposições de risco. O software SAS® pode lidar com os volumes de dados esperados que a nova regulamentação IFRS 9 irá gerar, e oferece aos bancos abordagens inovadoras para novas arquiteturas de TI, como o processamento in-memory.

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